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sábado, 15 de junho de 2013

"É rapidinho, coisa simples..." - Crônicas de TI


"É um programa simples, só com duas telinhas...". De um lado da mesa, uma equipe de TI e do outro, o cliente, provavelmente de uma área de negócios. Quando a conversa inicia-se desta forma, você já consegue identificá-lo e categorizá-lo: cliente-simplificação. Especificamente, este tipo de cliente, tem como características:
  1. Começar a conversa já com uma interação desenhada na mente. O cliente imaginou "duas telinhas". Provavelmente, não tem a expertise de construir a experiência do usuário, como você ou sua equipe devem (e deveriam) ter. Talvez não sejam "duas telinhas", e você vai ter que desconstruir a imagem que ele concebeu. Tenha jogo de cintura e prove que você tem a expertise para "desenhar telas";
  2. "Sisteminha", "telinha", "programa simplesinho". Note o uso de diminutivos. Temos duas possibilidades: desconhecimento extremo do custo do desenvolvimento ou exatamente o oposto. O primeiro caso, é o mais grave. O cliente olha para software com uma visão simplista: "O Google, ah, é só uma paginazinha com um campo de busca e dois botões". Resultado: ele subvalorizará o trabalho (em tempo, esforço e custo!). Já o segundo caso, o uso do diminutivo é porque o cliente sabe o esforço, e quis suavizar para que o desenvolvedor não responda com 1.000 horas de programa para tal. Neste último caso, menos mal. Valorize o produto, cobre o valor certo, demonstre o esforço. Não diminua a categoria.
  3. Não vai ser tão fácil estabelecer uma parceria para construção do produto, sem o cliente só enxergá-lo como operacional, como concretizador da sua ideia. Você também não pode se colocar neste papel. Seja crítico, aponte as melhores soluções técnicas. Defenda o usuário final, que é o mais importante.
Na linha humorística e exagerada, o blog do DiVasca trata do cliente-simplificação e também do cliente-que-não-sabe-o-que-quer, mas este último é um caso a parte.

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